domingo, 6 de junho de 2010

Os pais e a escola - Um futuro melhor


Pesquisa revela que famílias de alunos de escolas públicas esperam encontrar professores e diretores eficientes, e computadores para garantir um bom trabalho para os filhos e menos violência


Uma parceria estreita entre família e escola é determinante para o sucesso da aprendizagem de crianças e jovens. Mas qual é a visão dos pais sobre a Educação recebida pelos filhos, especificamente na rede pública? Para chegar à resposta, o Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial e a Fundação Victor Civita realizaram uma pesquisa de campo com 840 responsáveis por estudantes do1º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Médio de escolas municipais e estaduais na capital paulista.

O estudo, divulgado em primeira mão por NOVA ESCOLA, mostra, entre outros pontos, que o ensino é visto como fator de mobilidade social. De acordo com Nilson Vieira de Oliveira, coordenador da pesquisa, os familiares sabem que precisam e querem acompanhar a qualidade da Educação, mas faltam-lhes meios para isso. Os governos poderiam identificar os pais mais atuantes e aproveitar seu potencial de mobilização para que envolvam os demais em programas de melhoria da escola, sugere. Outros seis temas se destacaram. Confira, a seguir, as principais conclusões.
Sim à inclusão digital

As lan-houses foram citadas por 12,6% dos entrevistados como sendo o local utilizado pelos alunos para estudar e fazer lição de casa e trabalhos, superando de longe a biblioteca escolar (4,5%) e a pública (3,3%). Para as famílias, a informatização tem extrema importância. De acordo com Patricia Mota Guedes, do Fernand Braudel, quando foi perguntado que atividades extra-escolares gostariam que a escola oferecesse, cursos de computação ficaram em primeiro lugar, com 36%, na frente de opções importantes como aulas de reforço em Matemática (11%) e em Português (9%).
Em casa, o acesso à informática está se expandindo: 35,6% dos entrevistados declararam possuir computador. A internet está presente em 27,1% das residências, como a da dona-de-casa Jailda Oliveira, mãe de Mayara, 12 anos, que está na 7ª série, e Maely, 14, que acaba de ingressar no Ensino Médio. "Eu e meu marido compramos um computador, assinamos um plano de internet e matriculamos as meninas numa escola para aprender a lidar com o equipamento", afirma. "Agora elas não precisam ir à lan-house para ler notícias e fazer pesquisas."



Revista Nova Escola, edição 211/ Abril 2008

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