domingo, 13 de junho de 2010

Seminário apresentado sobre texto científico sobre crianças- Aula de Língua Portuguresa

Introdução



Este trabalho de gênero secundário tem como objetivo auxiliar a prática a reflexão de todos os envolvidos com a pedagogia para a infância, na construção de um novo paradigma para educação infantil.
Creche é uma instituição social, cujo objetivo é prestar atendimento às famílias, quase sempre parcialmente constituídas, mal-assentadas, instáveis, na maior parte dos casos como decorrência da corrente migratória.
O objetivo da creche é educar e formar a criança, que passa a maior parte do tempo sob responsabilidade de seu pessoal. Por falta de informações ou acesso a informações negativas, é freqüente os pais oferecerem a resistência à idéia de pôr seus filhos na creche. Quando tomas essa decisão como último recurso, a insegurança familiar manifesta-se com muita força, o que provoca insegurança também na criança já bastante atingida pelo deslocamento para um meio estranho e pela consciência de separação da mãe.
A criança pequena de uma creche é cativante. Em sua fragilidade, ela sensibiliza as pessoas, levando-as a uma aproximação a fim de usufruir de sua presença atraente e boa. Ma quando a criança cresce e entra na adolescência, passa a ser vista com desconfiança. Se no tempo de creche ela não tiver acumulado experiências pessoais positivas, pode correr o risco de perder-se, porque é difícil manter a auto-estima e boa imagem de si própria.

O compromisso das creches com a criança

Ceis, creches e Emeis têm, dentro outros, o compromisso de garantir Às crianças nelas matriculadas o direito de viver situações acolhedoras, seguras, agradáveis, desafiadoras, que lhes possibilitem apropriar-se de diferentes linguagens e saberes que circulam em nossa sociedade, selecionados por seu valor formativo em relação aos objetivos propostos.

Alguns princípios básicos podem guiar a efetivação do compromisso apresentado:


  • O desenvolvimento da criança é um processo em conjunto e recíproco;
  • Educar e cuidar são dimensões indissociáveis de toda ação educacional;
  • Todos são iguais, apesar de diferentes: a inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais;
  • A parceria com as famílias das crianças é fundamental;
Adaptação da criança ao grupo: posturas em relação adulto/criança

Começamos analisando alguns comportamentos apresentados na relação adulto/criança, que contribuem para adaptação saudável desta.
 1. Fazer-se presente para a criança através da forma pessoal de segurá-la, alimentá-la, vesti-la e conversar com ela, transmitindo-lhe o bem estar de que necessita.
 Estudam relacionam a ausência dos pais à saúde mental da criança e mostram a influência da separação que gera medo e ansiedade.
 Quando a criança tendo desenvolvido uma ligação intensa com a figura materna, é colocada numa instituição, sua reação se manifesta por um protesto violento, exigindo a presença da mãe e recusando o cuidado de outras pessoas. Em algumas crianças mais do que em outras, esse estado se mantém dolorosamente
por muitos dias até que, aparentemente, a criança desiste de recuperar a mãe, adotando, numa fase seguinte, um comportamento de indiferença ou falsa adaptação.


 2. É interessante que seja sempre a mesma professora a cuidar da criança durante o período necessário para que esta se familiarize com as novas situações e com as demais pessoas.
 Dentro desta relação é muito importante não criar dependências. A criança tende a se sentir única para a professora, assim como a professora a única para ela. Isto gera sofrimento para a criança, que chora cada vez que a professora se afasta; e orgulho para professora, que se sente insubstituível.

3. A estimulação pode ser vista como ponto alto para a adaptação.
 As manifestações espontâneas e o interesse demonstrando numa atividade grupal incitam gradativamente a curiosidade da criança desajustada, levando-a a uma natural aproximação. Inicialmente, com tudo a criança reluta, pois se sente muito ferida. O fato, também, dela sentir-se como dado momento, a conotação de “traição”.

4. A estimulação de criança em atividades grupais gera um clima de alegria que incita a curiosidade e finalmente a aproximação natural da criança.
Muitas vezes a criança que participa satisfatoriamente das atividades do grupo apresenta-se imatura para acompanhar as proposta no novo meio ao qual passa a pertencer. Avaliação deverá ser feita cuidadosamente pela professora e pela professora que convive com a criança.

5. Não se pretende atribuir à professora o mito da pessoas sempre sorridente e feliz. É natural que, no desgaste do dia-a-dia, demonstre cansaço. Responsável
pela educação das crianças estabelecerá regras e limites que as crianças aprenderão a respeitar.

6. Uso da chupeta: a chupeta supre a necessidade de sucção da criança no primeiro ano de vida. Entendendo isso como natural, pode ser oferece à criança quando ela solicitar, mas sem necessidade de deixá-la permanentemente ao seu alcance. Entretanto, de deve-se ter o cuidado de não utilizar alfinetes ou cordões, transmitindo essa orientação as mães.

 Estimulação indireta

Provém do contato e da sensibilização com o meio ambiente. A estimulação indireta atua como fonte de idéias e proporciona resultados inesperados. O papel da orientadora é orientar a atenção das crianças fim de que se tornem aptas a apreciar os estímulos ambientais presentes.

Estimulação direta

Provém de um trabalho metódico, dirigido com o fim de capacitar a criança em vários campos do desenvolvimento. Para tanto é necessário observar a criança, aplicando atividades programadas. A estimulação direta, particular ou grupal, é necessária e importante supõe a necessidade de garantir um atendimento equilibrado a todas as crianças.

 Sugerimos como exemplo algumas técnicas:

 1. No colchão, de costas
 Segura-se cuidadosamente o antebraço do bebe, movimentando-o no sentido do ombro oposto; através deste exercício de relaxamento, transmite-se ao bebê a consciência do próprio corpo.


 2. Estimulação com rolo O rolo é feito com manta de espuma, forrada de plástico revestido com tecido que pode ser retirando para lavar. Pode ter 20 ou 40 cm de diâmetro, conforme seja aplicado nas estimulações com os bebês com menos de seis meses e que ainda não se sustentam ou com aqueles partir de sete meses e que se mantêm firmes.

Oferecer o rolo à criança. Deixar que se familiarize com ele.
 Devagar, estimular a criança a se amparar de bruços no rolo; imprimir movimento lento. A criança deve sentir-se seguir e confiante.
 Amparar a criança e colocá-la sentada no rolo; tentar o equilíbrio.


 3. Estimulação com a criança deitada
 Segurar a mãozinha da criança. Sentindo resistência, tentar puxá-la para sentar.
  •  Colocar a criança der lado, favorecendo e estimulando a mudança de posição.
  •  Estimular a posição de engatinhar
  •  De bruços. Atraí-la com objetos coloridos para que ela se arraste.
  •  Chamá-la pelo nome, emitir sons, atraí-la para que ela engatinhe.
4. Estimulação da criança de pé
 Apresentar às crianças um determinado objeto, explorando o som, o tamanho, as cores e demais possibilidades. Colocá-lo depois em algum ponto fora do alcance da criança e estimulá-las a pega-lo.
 Dar brinquedos de borracha para as crianças morderem.

 Criar sons com as crianças: bater palmas, estalar os dedos, assobiar e mil outros sons que vem de objetos e do próprio corpo.
Conversar com as crianças.
 Imitar os sons produzidos pela criança.
 Estas atividades e todas as outras decorrentes de situações e caráter próprio devem ser sempre acompanhadas de expressões verbais, além de movimentos corporais.
 Planejamento dos ambientes de aprendizagens da criança
 Brincar com companheiros;
 nvestigar aspectos do ambiente que instigam sua curiosidade;
 Cuidar de si e valorizar atitudes que contribuem para uma vida saudável;
 Apropriar se das linguagens que circulam em seu meio sociocultural;
 Apreciar uma apresentação musical;
 Realizar um desenho;
 Participar de recontagem de contos de fada;

Desenvolvimento intelectual

 São os processos que desenvolvem no individuo a capacidade para adquiri e conhecimentos. Vários fatores determinam o desenvolvimento intelectual da criança, entre eles: a potencialidade, a motivação, a interação com o meio ambiente, atendendo ás tendências naturais, físicas e fisiológicas.
 O desenvolvimento intelectual possibilitará a formação de conceitos, escolher alternativas procurando resultados lógicos. São operações cognitivas: classificar, ordenar, solucionar, analisar e sintetizar.

As funções do desenvolvimento intelectual são:
 a.Percepção e discriminação auditiva;
 b.Percepção e discriminação visual;
 c.Esquema corporal e lateralidade;
 d.Orientação espacial;
 e.Ordenação temporal;

 Atividades corporais
Têm como finalidade destacar os exercícios corporais executados na programação do ano. São realizadas geralmente às tarde, quando o tempo de que se dispõe é insuficiente para realizar com as crianças uma atividade completa.
 Dramatizações corporais

 a. - andar pesado como o elefante
 - andar baixinho como a tartaruga
 - voar como
 - rastejar como a cobra
 - pular como o sapo
 - imitar os animais: coelho, gato, cachorro e galinha
 - ficar alto como uma árvore

 b. – Imitar a expressão facial:
 - do menino com sono
 - da mamãe com pressa
 - do palhaço alegre
 - da mamãe braba
 - da mamãe acarinhando o filho

 Exercícios respiratórios

 - bolinhas de sabão
 - assoprar a água dos peixinhos
 - assoprar o barquinho do rio
 - assoprar as folhas das árvores como uma ventania

 Movimentos corporais nas brincadeiras de imitação
 O guarda do trânsito
 - correr pela sala acompanhando o sentido dos “carros”
 - correr e parar ao sinal do guarda
 - correr e parar ao apito do guarda
 - observar e repetir os movimentos do guarda:
 - braços erguidos
 - braço erguido e braço na horizontal, seguindo o alinhamento do ombro; alternar.

 Exercícios corporais de equilíbrio
 - andar sobre marcas de pés
 - andar seguindo riscas sinuosas
 - andar entre os obstáculos

 Com as tábuas:
- andar com a tábua sobre a cabeça
- andar no caminho do sapo
 - andar na ponte do rio para o jacaré não comer

 Jogos e brincadeiras corporais
 - esconder-se em pequenos espaços
 - esconder-se em espaços de pouca altura
- buscar objetos em espaços de difícil acesso

 Com bexigas
 - assoprá-las, tentando enche-las
 - passá-las entre s crianças, sentindo como são leves; elas “voam...”
 - amarrar com um cordão
 - correr pelo pátio, fazendo as bexigas voarem
 - nas bexigas penduradas:
 fazer vento, usando o abanador
alcançá-las esticando o corpo e ficando nas pontas dos pés etc.

 Considerações finais
 Entendemos que, conhecer cada uma das crianças de seu grupo, pode aperfeiçoar nossas observações sobre elas e discutir o nosso agir e olhar sobre as situações cotidianas em momentos de formação continuada na unidade de Educação Infantil. Assim, a formação inicial e continuada do professor que irá trabalhar com as crianças de zero a cinco anos deverá garantir-lhe o domínio de competências para organizar condições de acolhimento, cuidado e aprendizagem das crianças; interagir com as crianças de modo a mediar-lhes sua aprendizagem e desenvolvimento.

 Referencias bibliográficas
 Maria Lúcia A. R. Aranha – Desenvolvimento infantil na creche
 Orientações curriculares: expectativas de aprendizagens e orientações didáticas para a educação infantil- PMSP/ SME/ DOT/ 2007

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